O  prefeito de Goiatins, Manoel Natalino Pereira Soares (Republicanos), bem como do seu vice, José Américo Aquino Sousa Filho (PDT), serão investigados por suspeita de terem cometido irregularidades graves durante as eleições de 2024. O pedido de cassação dos mandatos foi feito pelo Ministério Público do Tocantins na sexta-feira (25).

Foto: Divulgação

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A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foi inicialmente proposta pelo candidato Max Cruz da Luz (Solidariedade). Segundo o Ministério Público as provas reunidas apontam a ocorrência de abuso de poder político e econômico, além da compra de votos. 

O parecer informa ações que podem ter influenciado diretamente o resultado das eleições que teve a diferença de apenas 16 votos. Segundo o MPTO a chapa eleita utilizou a máquina pública para obter vantagem ilícita, como a contratação irregular de quase dois mil servidores e o aumento de R$ 333.939,05 nas despesas com combustível do município durante o período eleitoral, em comparação com o ano anterior. 

A promotora eleitoral Jeniffer Medrado Ribeiro Siqueira  destacou que os atos representam “um ataque à higidez democrática" que comprometem “a legitimidade do mandato obtido e a representatividade democrática do governo constituído".

Diante das acusações o MPTO entrou com o pedido de cassação dos diplomas do prefeito e do vice-prefeito, a declaração de inelegibilidade de ambos pelo prazo de oito anos e a aplicação de multa nos valores máximos pelas condutas e pela captação ilícita de votos.