Após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar recurso, a defesa de Wanderlei Barbosa (Republicanos) faz uma nova tentativa no STF por meio de um recurso denominado "agravo regimental", que busca derrubar a decisão individual de Luís Roberto Barroso. O ministro rejeitou um pedido de habeas corpus do governador. As informações são dos jornalistas Rayssa Motta e Fausto Macedo do Estadão.

Foto: Antonio Gonçalves | Governo do Tocantins

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Wanderlei foi afastado em agosto por determinação do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e confirmado pela Corte Especial do STJ.

Ele é investigado na Operação Fames-19, inquérito sobre suspeitas de corrupção e desvios de verbas destinadas à compra de cestas básicas durante a pandemia da covid-19.

A defesa levou o caso ao STF. Os advogados alegam que Wanderlei Barbosa foi afastado das funções “com base em ilações” e que a medida é “drástica”. Também argumentam que as suspeitas são anteriores ao início do mandato do governador.

Os advogados de Wanderlei apontam que não há provas de que ele tenha “participado ou anuído com qualquer ilícito”. Afirmam, ainda, que o afastamento do governador foi decretado “em desacordo com as manifestações da Procuradoria-Geral da República”.

A defesa destaca “ausência de contemporaneidade da medida, uma vez que a representação policial para o feito foi exarada no fim do ano de 2024, e o ato coator foi lavrado apenas em 3 de setembro de 2025″.

“O transcurso de enorme lapso temporal evidencia, inequivocamente, inexistir qualquer urgência na adoção de medida tão drástica como o afastamento de um governador de Estado”, apontam os advogados.