STJ revoga prisão preventiva do rapper Oruam
Ministro Joel Ilan Paciornik considerou argumentos da primeira instância insuficientes
Por: Maria Rita Silva Sena
27/09/2025 • 18h30 • Atualizado
O ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou nesta sexta-feira (26) a revogação da prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, de 25 anos. A decisão atendeu a um pedido da defesa, conduzida pelo advogado Gustavo Mascarenhas, e considerou que os argumentos utilizados pelo tribunal para decretar a prisão eram insuficientes.

Foto: Miguel Folco
Na decisão, o ministro destacou que Oruam é primário e se apresentou espontaneamente às autoridades para cumprir o mandado de prisão. Paciornik apontou que o juiz de primeira instância utilizou argumentos vagos ao alegar risco de reiteração delitiva e possibilidade de fuga, citando publicações do artista nas redes sociais.
O rapper, que se entregou em 22 de julho, havia sido preso preventivamente sob suspeita de associação ao tráfico de drogas e ao Comando Vermelho (CV). Filho de Marcinho VP e sobrinho de Elias Maluco, Oruam sempre negou envolvimento em atividades criminosas e publicou vídeos afirmando “Não sou bandido”.
Oruam iniciou sua carreira musical em 2021 e ganhou notoriedade em 2022 com a música “Invejoso”, assinando contrato com a gravadora Mainstreet, de Orochi. Desde então, acumulou sucessos e se apresentou em grandes festivais, como Rock in Rio e Lollapalooza. A defesa informou que o artista seguirá todas as medidas cautelares e provará sua inocência no decorrer do processo.