Hugo Motta: Plano alternativo ao IOF deve ser duradouro e evitar 'gambiarras'
Presidente da Câmara reforçou a "insatisfação geral" dos deputados com a "proposta"
Por: Pepita Ortega/Estadão Conteúdo
29/05/2025 • 13h00
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou nesta quinta-feira (29), que, na reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), na noite da quarta-feira (28), "ficou combinado" que a equipe econômica terá 10 dias para apresentar ao Congresso um "plano alternativo" ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Na visão de Motta, tal plano deve ser duradouro, consistente e "evitar gambiarras tributárias só para aumentar arrecadação". A declaração foi dada no perfil do X do deputado, antes de ele chegar à Câmara para a reunião de líderes que tem como uma das pautas centrais os projetos de decretos legislativos apresentados pela oposição visando a derrubada do decreto que aumentou o IOF.

Hugo Motta | Foto: Kayo Magalhães | Câmara dos Deputados
Motta indicou que, na reunião da quarta à noite, reforçou a "insatisfação geral" dos deputados com a "proposta" do governo Lula. "Relatei que o clima é para derrubada do decreto do IOF na Câmara", indicou.
Na quarta, antes de sair para a reunião com Haddad, Alcolumbre e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, Motta classificou o aumento do IOF como uma medida "infeliz". De outro lado, ele destacou os "impactos" de uma eventual votação dos projetos de decreto legislativo (PDLs). "Todos sabem que o Parlamento tem um grande incômodo com medidas que venham sempre visando ao aumento de impostos. Há de nós certo esgotamento com essas medidas", disse.