O governador em exercício do Tocantins, Laurez Moreira (PSD), negou que esteja a frente de articulação pela tentativa de abertura de processo de impeachment contra Wanderlei Barbosa (Republicanos). Em entrevista ao Gazeta do Cerrado nesta quinta-feira (30), Laurez disse que a decisão cabe exclusivamente à Assembleia Legislativa do estado (Aleto).

“Claro que não. Isso pertence aos deputados. Eles é que sabem as providências que devem tomar. Eu estou cuidando do governo, cuidando das ações que nós temos o dever de fazer, que é cuidar bem do Estado do Tocantins”, afirmou.

Foto: Bruno Maia | Governo do Tocantins

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Questionado sobre o futuro de Wanderlei, Laurez não quis se manifestar diretamente, mas reafirmou que considera a situação enfrentada pelo governador afastado como grave.

“Prefiro não falar nisso. Acho que isso vai da consciência dele. Ele sabe da gravidade dos processos que tem contra ele. Não quero sugerir nada, até para não ser mal interpretado”, disse.

O chefe de estado revelou que o governo estadual enfrenta uma dívida superior a R$ 500 milhões na área da saúde, o que tem impactado o funcionamento dos serviços e a regularidade dos pagamentos a fornecedores e prestadores.

“Na saúde hoje deve mais de 500 milhões. É um problema sério. Estou indo a Brasília pedir socorro, porque a situação é muito grave. As pessoas estão sofrendo, e o Estado precisa resolver esse problema”, disse.

Laurez informou que já se reuniu duas vezes com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e com o ministro das Cidades, Jader Filho, e planeja se encontrar em breve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir alternativas de financiamento e apoio federal.