Saiba quantos governadores do TO foram afastados desde a criação do estado
Estado tem cinco ex-governadores que não concluíram mandato
Por: Mavi Oliveira
04/09/2025 • 15h30 • Atualizado
O Tocantins está há 20 anos sem nenhum governador eleito concluir o mandato. O último que terminou o mandato foi Marcelo Miranda (MDB), entre os anos de 2003 e 2006. Nesta quarta-feira (3), houve o afastamento de Wanderlei Barbosa (Republicanos), suspeito de envolvimento em esquema de compra de certas básicas com recursos públicos durante a pandemia de Covid-19.
Veja quais são os cinco ex-governadores que não concluíram mandato no Tocantins:

Foto: Adilvan Nogueira | Governo Do Tocantins
Marcelo Miranda
Marcelo Miranda foi eleito para o governo do Tocantins em 2002. Ele concluiu o primeiro mandato em 2006. Ele conseguiu se reeleger e se manteve no cargo em 2007, mas foi cassado em 2009, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou irregularidades na campanha política de 2006. Marcelo também ficou inelegível por oito anos.
Cinco anos depois da primeira cassação, Marcelo conseguiu voltar ao cargo em 2014. Entretanto, em 2018, a Polícia Federal apreendeu um avião com R$ 500 mil em dinheiro e santinhos da chapa Miranda-Lélis em Piracanjuba (GO), o que resultou em uma nova cassação no mesmo ano. A vice-governadora, Cláudia Lélis, não chegou a assumir o cargo e também foi cassada.
Carlos Gaguim
Após a cassação do vice de Marcelo Miranda, Paulo Sidnei, Carlos Gaguim assumiu o cargo. Ele venceu uma eleição indireta e ficou até o fim de 2010, mas não conseguiu se reeleger e foi sucedido por Siqueira Campos.
Como o vice de Marcelo, Paulo Sidnei, também foi cassado, quem assumiu a cadeira no Palácio Araguaia foi Carlos Gaguim, que era deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa. Ele venceu uma eleição indireta e ficou no cargo até o fim de 2010, mas não conseguiu se reeleger e foi sucedido por Siqueira Campos.
Siqueira Campos
Siqueira Campos foi reeleito para o quarto mandato em 2011, mas não o concluiu. Ele e o vice, João Oliveira, renunciaram em 2014. A decisão foi uma manobra para que o filho de José, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), pudesse concorrer ao governo do estado.
Sandoval Cardoso
Sandoval foi eleito de maneira indireta para suceder Siqueira Campos. Foi o primeiro dos governadores a ser preso. Em 2016, ele passou 16 dias detido na Casa de Prisão Provisória de Palmas, acusado de fraudes em licitações relacionadas a contratos de terraplanagem e pavimentação asfáltica. Ele responde em liberdade ao processo que ainda corre na Justiça.
Mauro Carlesse
Mauro Carrlesse (Agir) assumiu o mandato interinamente após a segunda cassação de Marcelo Miranda. Em 2018, ele vence duas eleições: uma suplementar e outra geral.
Durante seu governo, Carlesse se envolveu em polêmicas e acusações que o levaram a não concluir o mandato. Ele enfrentou operações policiais, foi acusado de corrupção e suspeito de interferir politicamente na Polícia Civil. Ele renunciou ao cargo em 2022, pois não tinha apoio político.