Empate entre aprovação e desaprovação de Lula ocorre pela 1ª vez desde janeiro
Pesquisa Quaest mostra 48% de aprovação e 49% de desaprovação, dentro da margem de erro
Por: Maria Rita Silva Sena
08/10/2025 • 10h01 • Atualizado
Aprovação ao governo Lula voltou a empatar com a desaprovação pela primeira vez desde janeiro, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8). O levantamento mostra que 48% dos brasileiros aprovam a gestão petista, enquanto 49% desaprovam, dentro da margem de erro de dois pontos para mais ou menos. No início do ano, a diferença era de dois pontos, e entre fevereiro e setembro a desaprovação se manteve superior, com pico de 17 pontos em maio.

Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil
A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 2 e 5 de outubro, com nível de confiança de 95%. Entre os destaques por gênero, as mulheres passaram a aprovar mais o governo (52% a 45%), enquanto entre os homens a desaprovação ainda predomina, mas com oscilações dentro da margem de erro. Por faixa etária, houve empate técnico entre os públicos de 35 a 59 anos e de 60 anos ou mais, enquanto entre os jovens de 16 a 34 anos os números se mantêm estáveis.
A análise por escolaridade e renda mostra que a aprovação é maior entre os menos escolarizados e entre os mais pobres, enquanto entre os mais ricos e a classe intermediária houve empate técnico. Por religião, os católicos aumentaram a aprovação ao governo (54% a 44%), já os evangélicos seguem mais desaprovando (63% a 34%). Entre os beneficiários do Bolsa Família, a aprovação é de 67%, a maior do ano, enquanto entre quem não recebe o benefício a desaprovação predomina (53%).
Na avaliação geral do governo, 33% consideram a gestão positiva, 37% negativa e 27% regular. O levantamento também analisou a percepção sobre a relação de Lula com Trump, com 49% acreditando que o presidente saiu mais forte após encontro na ONU, e sobre medidas econômicas, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, que é apoiada por 79% da população.