Chácara atribuída a Wanderlei Barbosa é alvo de investigação da PF no Tocantins
Imóvel em área disputada com Goiás foi citado em decisão do STJ que autorizou a Operação Nêmeses
Por: Manchete do Tocantins
13/11/2025 • 15h30 • Atualizado
A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que autorizou a Operação Nêmeses aponta que o governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), seria o verdadeiro proprietário de uma chácara no distrito de Campo Alegre, em Paranã, sudeste do estado.
O imóvel, registrado em nome de Mauro Henrique da Silva Xavier, teria sido identificado durante o cumprimento de mandados da Operação Fames-19, em setembro. Segundo a Polícia Federal, o local continha objetos e fotos pessoais de Wanderlei e da primeira-dama, Karynne Sotero.
Foto: Reprodução | Polícia Federal
A Operação Nêmeses, deflagrada nesta quarta-feira (12), apura suspeitas de embaraço às investigações da Fames-19, que investiga desvios de recursos públicos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia. A PF cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em Palmas e Santa Tereza do Tocantins.
As apurações indicam que investigados teriam usado cargos públicos e veículos oficiais para retirar documentos de interesse da Justiça.
A chácara citada pela PF fica em uma área turística e disputada entre Tocantins e Goiás. O governo goiano acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que a região, de 12,9 mil hectares, pertence ao estado vizinho e pedindo a retirada de um portal instalado pelo Tocantins com o slogan “O turismo começa aqui”. Wanderlei Barbosa e Karynne Sotero negam envolvimento nos fatos investigados e afirmam colaborar com as autoridades.

