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Prisão do ex-presidente Bolsonaro: o que você precisa saber

Bolsonaro admite usar ferro de solda na tornozeleira e é preso; defesa fala em “humilhação”

Por: Manchete do Tocantins

23/11/202507h06

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente neste sábado (22) após a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) identificar sinais de violação em sua tornozeleira eletrônica. Segundo relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro utilizou um ferro de solda para tentar abrir o equipamento.

O próprio ex-presidente admitiu a avaria em vídeo encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes. “Foi curiosidade”, disse ele, afirmando que o episódio ocorreu no fim da tarde de sexta-feira (21). Às 00h07 deste sábado, o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME) registrou o alerta de violação, e Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal horas depois.

O relatório da Seap descreve marcas de queimadura “em toda a circunferência” da tornozeleira e danos no ponto de fechamento. Bolsonaro confirmou o uso do ferro de solda aos agentes durante a inspeção. Moraes retirou o sigilo do material e deu prazo de 24 horas para que a defesa se manifeste oficialmente sobre a tentativa de violação.

Foto: Gustavo Moreno | STF

Foto: Gustavo Moreno | STF


Defesa fala em “pena infamante” 

Após a prisão, o advogado Paulo Cunha Bueno afirmou que a tornozeleira eletrônica foi imposta apenas para “causar humilhação” ao ex-presidente e classificou a versão sobre suposta fuga como uma “narrativa para justificar a prisão”.

“O presidente Bolsonaro não teria como evadir-se. Há uma viatura da Polícia Federal armada na porta da casa dele 24 horas por dia”, disse.

O defensor também alegou que Bolsonaro enfrenta “problemas graves de saúde”, consequência da facada sofrida em 2022, e criticou o fato de ele não estar em prisão domiciliar, citando o caso do ex-presidente Fernando Collor, que cumpre pena em casa por questões médicas.

Vigília e decisão judicial

Na noite de sexta-feira (21), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou uma vigília de orações em frente à casa onde o pai cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto. Segundo Moraes, o ato poderia “causar tumulto” e até facilitar “eventual tentativa de fuga”.

A violação da tornozeleira, somada ao risco de mobilização política em torno da residência, foi decisiva para que o ministro determinasse a prisão preventiva do ex-presidente.

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