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Michelle Bolsonaro critica STF e chama julgamento de Jair Bolsonaro de 'ficção'

Ex-primeira-dama disse à CNN Brasil que processo tem “ilegalidades” e citou saúde do ex-presidente

Por: Maria Rita Silva Sena

04/09/202509h30Atualizado

Às vésperas de um veredito da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o suposto plano de golpe de Estado, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e classificou o processo como uma “ficção”. As declarações foram dadas em entrevista à CNN Brasil.

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil


“O processo está tão marcado por ilegalidades e quebras do devido processo legal que o julgamento será apenas mais um capítulo da ficção que ele representa”, afirmou Michelle.

As declarações ocorreram após o segundo dia de julgamento, em que a defesa do ex-presidente sustentou que não existem provas que relacionem Bolsonaro aos ataques de 8 de Janeiro nem a planos golpistas que incluiriam o assassinato de autoridades.

Na entrevista, Michelle disse estar pessimista em relação ao desfecho e criticou o que chamou de “silêncio” de autoridades, veículos de comunicação e organizações de direitos humanos. “Pior do que qualquer expectativa em relação ao julgamento é ter que suportar a inércia e a omissão de detentores de poder, de integrantes da mídia e de membros de organizações, que dizem lutar pelos direitos fundamentais, e que se calam diante de tantas irregularidades”, declarou.

A ex-primeira-dama acrescentou que a família tem buscado apoio espiritual durante o processo. “Estamos vivendo esses dias movidos pelas orações de milhões de pessoas de bem, no Brasil e no mundo. A fé é o nosso alimento e temos certeza de que o Sol da Verdadeira Justiça voltará a brilhar depois dessa noite escura de injustiças”, disse.

Michelle também afirmou que Jair Bolsonaro não deve comparecer às próximas sessões de julgamento por motivos de saúde, mas não descartou totalmente a possibilidade. “Ele não deve comparecer ao teatro que está ocorrendo no STF justamente por causa de seu estado de saúde, mas não há nada definitivo sobre isso”, pontuou.

O julgamento será retomado na próxima terça-feira (9) com o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito. Os outros integrantes da Primeira Turma devem se manifestar nas sessões seguintes, previstas para quarta-feira (10) e sexta-feira (12).

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