Polícia conclui investigação sobre fraude de R$ 8,3 mi com laranjas no Tocantins
Esquema fez uso de empresas de fachada e 'laranjas'
Por: Mavi Oliveira
27/05/2025 • 14h00 • Atualizado
A Polícia Civil do Tocantins concluiu, nesta segunda-feira (26), o inquérito da Operação Orange, que investigou um esquema de sonegação fiscal, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O grupo teria causado um prejuízo superior a R$ 8,3 milhões à Fazenda Pública Estadual.

Foto: Luiz de Castro | Governo do Tocantins
Três integrantes foram apontados como os principais articuladores do esquema: um homem de 35 anos, sua companheira, de 37, e um contador de 47 anos. A investigação identificou o uso de empresas de fachada e "laranjas" para ocultação de dívidas tributárias e simular legalidade nas movimentações.
Empresas
A investigação teve início em abril de 2024, após representação fiscal da Superintendência de Enfrentamento e Fraudes Fiscais Estruturadas (Sefaz/TO). De acordo com o inquérito, o grupo transferia empresas com altos débitos fiscais para pessoas sem qualquer capacidade financeira ou conhecimento técnico, e mudava os endereços para municípios como Formoso do Araguaia e Natividade, onde essas empresas nunca funcionaram.
Uma das empresas chegou a acumular R$ 7,99 milhões em débitos. Outra, R$ 337,9 mil. Em um total de R$ 8,33 milhões, conforme Certidões de Dívida Ativa atualizadas até fevereiro de 2025. Parte dos bens foi transferida para empresas registradas em nome da mulher de 37 anos, a fim de evitar execuções fiscais.