Tocantins tem 30 pontos de risco para exploração sexual nas rodovias federais
De acordo com levantamento divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, o estado tem 5 pontos de alto risco
Por: Mavi Oliveira
22/05/2025 • 18h20 • Atualizado
O Tocantins conta com 30 locais identificados como pontos de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais que cortam o estado. Segundo o Projeto Mapear, divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), desses pontos, 17 são classificados como de médio risco, oito de baixo risco e cinco de alto risco.

Foto: Frederick Borges | Governo do Tocantins
Apesar do número ainda ser alto, o levantamento nacional aponta que a Região Norte teve uma redução significativa dos pontos críticos e de alto risco entre 2021/2022 e 2023/2024. Os pontos críticos caíram de 9,8% para 5%, enquanto os pontos de alto risco diminuíram de 23% para 12,2%. A iniciativa visa mapear áreas vulneráveis para orientar ações de prevenção e combate.
Drogas e abandono social alimentam a exploração infantil
Em entrevista ao Manchete do Tocantins, o advogado Viktor Veloso reforçou a relação entre o tráfico de drogas e a exploração sexual infantil. “Locais com maior disseminação de entorpecentes costumam ser catalisadores para a prostituição, geralmente regiões marginalizadas”, afirmou.
Veloso ressaltou que o combate envolve uma política nacional articulada entre União, estados e municípios, com foco em campanhas educativas, especialmente nas escolas, e atuação do Conselho Tutelar em fiscalização e proteção das vítimas.
No Tocantins, a Polícia Federal deflagrou, em janeiro de 2025, uma operação de combate à exploração sexual infantojuvenil, com prisões e ações para desarticular redes criminosas. Além disso, a Prefeitura de Palmas tem promovido campanhas sociais que mobilizam a população local no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.
O advogado também alertou para a existência de exploração sexual nas zonas rurais e periferias de cidades como Gurupi, Araguaína e Palmas. “As vilas afastadas dos centros urbanos e as periferias apresentam altos índices e isso tem se tornado rotineiro”, disse.
Canais de denúncia
- Disque 100 (Direitos Humanos)
- 191 (Polícia Rodoviária Federal)
- Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher)