Hospital de Palmas oferece atendimento humanizado a vítimas de violência
Nuave já realizou mais de 4 mil atendimentos com equipe especializada
Por: Maria Rita Silva Sena
23/09/2025 • 10h00 • Atualizado
O Hospital Geral de Palmas (HGP) está disponibilizando atendimento humanizado a vítimas de violência pelo Núcleo de Atendimento à Pessoa em Situação de Violência (Nuave). O núcleo acolhe adolescentes, adultos e idosos, oferecendo assistência especializada por uma equipe multiprofissional formada por psicólogos, assistentes sociais, médicos, enfermeiros, psiquiatras e ginecologistas.
Entre janeiro e o momento atual, o Nuave realizou 4.299 atendimentos, apoiando pessoas que vivenciam violência física, sexual, autoprovocada, negligência ou abandono, além de casos de ideação e planejamento de autoextermínio e automutilações.

Foto: Luciano Ribeiro
De acordo com a psicóloga do Nuave, Raphaella Pizani, o núcleo realiza busca ativa no pronto-socorro, já que muitas vítimas de violência doméstica não informam as lesões como resultado de agressão.
"Sempre reforçamos que a culpa nunca é da vítima. Após identificar a violência, contamos com parcerias da Rede de Proteção da Mulher, incluindo delegacias especializadas, defensoria e a Patrulha Maria da Penha", afirma. O hospital oferece um ambiente mais seguro para que a vítima possa denunciar, facilitando o acionamento da rede de proteção.
Quando uma vítima decide formalizar uma denúncia, a Nuave coordena os encaminhamentos à delegacia e ao Instituto Médico Legal (IML) para efetivação do corpo de delito. Também há colaboração com o Núcleo Especializado de Proteção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), garantindo medidas protetivas e que um paciente receba alta médica em segurança. “Nosso trabalho é totalmente integrado à rede de proteção, assegurando apoio completo à mulher em situação de violência”, acrescenta Raphaella Pizani.
O Nuave atua em parceria com diversas instituições, como a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Defensoria Pública, Ministério Público, Patrulha Maria da Penha e Tribunal de Justiça do Tocantins.
Além disso, mantém articulação com serviços de saúde para continuidade do cuidado, como o Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPS I), que atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes.