Tocantins intensifica vacinação contra o sarampo após casos confirmados
Crianças de seis meses são público alvo das campanhas de vacinação
Por: Beatriz Pontes
01/08/2025 • 10h00
A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES/TO) emitiu, na última quinta-feira (31), uma nota técnica com orientações para a intensificação imediata da vacinação contra o sarampo em todo o estado. As orientações são do Ministério da Saúde, diante da confirmação de casos da doença em Campos Lindos e do registro de suspeitas em outros municípios tocantinenses.

Foto: Divulgação | SESA-PR
A recomendação é voltada especialmente para crianças a partir dos seis meses de idade, faixa etária cujo a imunização é recomendada apenas em caso de surto da doença.
Segundo a nota, o sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral e altamente contagiosa, transmitida por via aérea por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar ou falar. O vírus pode permanecer no ambiente por várias horas. Mesmo com a disponibilidade de vacinas seguras e eficazes, surtos ainda ocorrem devido à baixa cobertura vacinal, falhas na vigilância epidemiológica e à circulação do vírus em outros países.
A diretora de Vigilância das Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis da SES/TO, Gisele Luz, reforça a importância da medida. “Diante do cenário atual, a orientação é para que os 139 municípios intensifiquem imediatamente a vacinação de rotina, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. A imunização deve abranger crianças, adultos e profissionais da saúde. Para crianças a partir de seis meses, o imunizante indicado é a vacina dupla viral”, explicou.
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto, destacou que a vacinação é a principal ferramenta para conter a disseminação do vírus. “Os municípios são peças-chave na execução dessa estratégia. Por isso, pedimos o engajamento dos gestores e da população para comparecer às 323 salas de vacinação espalhadas pelo estado e se proteger”, afirmou.
Esquema de vacinação
-Crianças de 6 a 11 meses e 29 dias: dose zero com a vacina dupla viral;
-Crianças de 12 meses: primeira dose (D1) da tríplice viral e, após 30 dias, segunda dose (D2) com a tetraviral (ou tríplice viral + varicela);
-Crianças de 15 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias: segunda dose (D2) da tríplice viral, se já vacinadas aos 12 meses;
-Pessoas de 5 a 29 anos: duas doses da tríplice viral, se sem histórico vacinal ou com esquema incompleto;
-Pessoas de 30 a 59 anos: dose única da tríplice viral;
-Trabalhadores da saúde: duas doses da tríplice viral, independentemente da idade.