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Tocantins ocupa terceiro lugar no ranking de apreensão de anfetaminas em 2024

Segundo a Polícia Rodoviária Federal do Tocantins (PRF-TO), o Guaraí foi a cidade com maior número de ocorrências relacionadas a drogas

Por: Mavi Oliveira

21/07/202515h30Atualizado

O Tocantins registrou um aumento expressivo nas apreensões de entorpecentes em 2024. De acordo com levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF-TO), o estado confiscou 35.040 unidades de anfetaminas, o que representa um crescimento de 757% em comparação a 2023, quando foram apreendidas 4.085 unidades. Com isso, o estado passou a ocupar o terceiro lugar no ranking nacional de apreensões dessa substância.

Entre os municípios tocantinenses, Guaraí liderou as ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas no ano passado. A BR-153, que atravessa o estado, foi considerada a principal via utilizada pelo tráfico. Segundo a PRF, em 2024, a rodovia foi a que mais registrou apreensões de anfetaminas em todo o Brasil.

As drogas mais apreendidas no Tocantins continuam sendo maconha e cocaína, segundo a PRF-TO. O aumento geral das apreensões no estado também é atribuído ao uso de tecnologia de monitoramento e à intensificação da fiscalização em trechos estratégicos e áreas de fronteira.

Foto: Divulgação | Polícia Rodoviária Federal

Foto: Divulgação | Polícia Rodoviária Federal


Vício e consequências sociais

O psicólogo Matheus Nascimento Santos, que atua no atendimento a pessoas com dependência química no Tocantins, explica que os impactos das drogas variam muito de acordo com a história e o perfil de cada paciente.

“Tem algum paciente que vai observar muito prejuízo com a bebida alcoólica. No sentido de romper os laços familiares, perder bens materiais e acabar em situação de rua. E outro paciente faz o uso de maconha ou de outra substância que seja e no mesmo período de tempo não desenvolve essa relação”, relatou.

Para ele, os efeitos do uso abusivo dependem da forma como o indivíduo se relaciona com a substância, e nem sempre o tipo de droga determina o nível de destruição.

Uso de cocaína e crack cresce no Brasil

Dados da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) reforçam a preocupação com o avanço das drogas ilícitas no país.

Um levantamento divulgado pela instituição estimou que cerca de 11,4 milhões de brasileiros com mais de 14 anos já usaram cocaína ou crack alguma vez na vida , o equivalente a 6,6% da população. Em 2012, esse índice era de 4,43%, o que, segundo os pesquisadores, representa um aumento estatisticamente significativo.

Rede pública oferece atendimento 24h

O Tocantins dispõe de políticas públicas voltadas à prevenção, acolhimento e reinserção social de pessoas com dependência química.

O estado conta com CAPS AD III em funcionamento 24 horas por dia nos municípios de Palmas, Araguaína, Colinas do Tocantins e Gurupi. Já em Augustinópolis, a unidade funciona em horário comercial, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Além disso, o Tocantins mantém Unidades de Acolhimento, que oferecem assistência integral a dependentes químicos, com foco na redução de danos, reintegração social e atendimento humanizado.

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