Motta: MP apresentada por Haddad é menos danosa e diminui efeitos da alta do IOF
Presidente da Câmara afirmou que a proposta original causou "grande incômodo no Congresso"
Por: Gabriel de Sousa e Carolina Maingué Pires/Estadão Conteúdo
09/06/2025 • 09h00 • Atualizado
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou, no final da noite deste domingo (8), que o decreto do governo que aumenta alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) será recalibrado, o que diminuirá "de forma significativa os seus efeitos". Segundo Motta, a proposta original causou "grande incômodo no Congresso".
"O governo apresentou uma (nova) medida provisória que, na nossa avaliação, ela traz uma compensação financeira para o governo, mas muito menos danosa do que seria a continuidade do decreto do IOF como foi proposto de maneira original", afirmou Motta, em entrevista coletiva após uma reunião de cinco horas e meia com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e outros membros do governo e parlamentares na Residência Oficial da Câmara.

Hugo Motta | Foto: Kayo Magalhães | Câmara dos Deputados
Segundo Motta, serão discutidas, em futuras reuniões, propostas apresentadas pelo ministro que tenham "viabilidade política" para serem aprovadas. Nesta semana, a equipe econômica vai detalhar as medidas, e o presidente da Câmara espera pautar os pontos consensuais em breve.
"Não adianta se gerar expectativa sobre uma medida se essa expectativa não tem a quantidade de votos necessária na Câmara e no Senado para ser aprovada", disse Motta.
O presidente da Câmara anunciou também que a proposta da reforma administrativa será apresentada no início de julho. Motta cobrou empenho do deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), que é o coordenador do grupo de trabalho sobre o tema.