Mãe de secretário exonerado em Palmas faz desabafo nas redes sociais
Luciana Monturil chama o prefeito em exercício de "oportunista"
Por: Beatriz Pontes
02/07/2025 • 12h10 • Atualizado
Luciana Monturil, mãe de Carlos Antônio da Costa Júnior, que ocupava o cargo de secretário-chefe do gabinete do prefeito de Palmas até esta terça-feira (1º), desabafou nas redes sociais.

Carlos Antônio ao lado de Eduardo Siqueira Campos | Foto: Reprodução | Instagram
Luciana chamou o prefeito em exercício da capital, Carlos Velozo (Agir), de "oportunista". Segundo ela, o gestor tem se aproveitado do "momento vulnerável" da política palmense.
“Ver o atual gestor interno, um suposto apoiador, alguém que caminhou ao lado do prefeito (Eduardo Siqueira Campos), usar essa situação delicada para promover uma substituição silenciosa, aproveitando-se da vulnerabilidade do momento para ocupar espaços com os seus, é profundamente lamentável”, escreveu Luciana.
Carlos Velozo, que ocupa o cargo de prefeito em razão da prisão de Eduardo Siqueira Campos (Podemos), publicou no Diário Oficial do Município do dia 1º de julho a exoneração de dois secretários e um procurador-geral do município.
Confira o texto na íntegra:
Hoje é um daqueles dias difíceis de digerir. Vejo meu filho sendo desligado de seu cargo, não por falta de competência ou comprometimento, mas por algo muito mais duro de aceitar: a incoerência de quem deveria, neste momento, estar agindo com lealdade, respeito e dignidade.
A prisão do prefeito Eduardo Siqueira foi um abalo para todos que acreditam em seu trabalho e no projeto político que ele tem pra Palmas. Em tempos como esse, o que se espera dos verdadeiros aliados é união, prudência e apoio. No entanto, o que vejo é exatamente o contrário.
Ver o atual gestor interino, um suposto apoiador, alguém que caminhou ao lado do prefeito, usar essa situação delicada para promover uma substituição silenciosa, aproveitando-se da vulnerabilidade do momento para ocupar espaços com os seus, é profundamente lamentável. Não se trata de apego ao cargo. Nossa indignação não é movida por vaidade ou interesse pessoal. É movida por um sentimento mais amargo: a constatação de que há quem confunda oportunidade com oportunismo. A forma como meu filho está sendo desligado não fala sobre ele, fala sobre quem o tirou.
Seguiremos com a consciência tranquila de que sempre estivemos do lado certo, honrando princípios, e não interesses. O meu filho @carlos_jr_costa continua com a mesma ética, o mesmo espírito de serviço público e o mesmo respeito de todos que conhecem sua trajetória. E quando tudo passar (porque vai passar) ficará evidente quem permaneceu de pé com dignidade e quem se apoiou em conveniências. Seguimos firmes, com fé, consciência limpa e cabeça erguida.