A campanha de vacinação para jovens entre 15 a 19 anos contra o Papilomavírus Humanos (HPV) segue até o dia 30 de junho em unidades de saúde do Tocantins. A meta da Secretaria de Saúde é atingir 90% do público.

Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil

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HPV, conforme explica a médica ginecologista e obstetra Isabella Vilane, é um vírus que possui mais de 200 subtipos e alguns deles podem apresentar alto risco oncogênico, ou seja, podem causar câncer. Embora o HPV seja mais conhecido por sua relação com o câncer de colo do útero, Vilane ressalta que o vírus também pode provocar tumores no pênis, na vulva, no ânus e na orofaringe (boca e garganta), além de estar ligado ao surgimento de verrugas na região genital.

Segundo a médica Ayra Cristine, com base em dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o HPV é uma infecção sexualmente transmissível que atinge 54,6% das mulheres e 51,8% dos homens brasileiros entre 16 e 25 anos. Além disso, o vírus está envolvido em cerca de 99,7% dos casos de câncer de colo do útero.

Ao Manchete do Tocantins, a ginecologista Isabella Vilane salienta que a faixa etária escolhida pela campanha de vacinação da Secretaria da Saúde é estratégica: muitos jovens ainda não tiveram contato com o vírus ou estão iniciando sua vida sexual, o que potencializa a eficácia da vacina. Ela destaca também que campanhas voltadas para adolescentes são fundamentais para elevar a cobertura vacinal no Brasil, hoje aquém do ideal.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra cerca de 700 mil novos casos de HPV por ano. Quanto ao câncer de colo do útero, são notificados aproximadamente 17 mil casos anuais, sendo essa a quarta causa de óbito por câncer entre mulheres. A região Norte lidera os índices de mortalidade, o que reforça a importância da vacinação como principal medida de prevenção.