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Zanin assume investigação sobre venda de sentenças no Tocantins

PF resgata diálogos que indicam proximidade entre prefeito de Palmas e ministro do STJ

Por: Manchete do Tocantins

12/06/202517h19Atualizado

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a condução da investigação da Operação Maximus, que apura venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO).

A operação foi deflagrada em agosto de 2024, e a decisão de Zanin ocorre após a Polícia Federal encontrar diálogos que indicam vazamento de dados sigilosos das investigações. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

Foto: Andressa Anholete | STF

Foto: Andressa Anholete | STF


Os áudios, capturados em junho de 2024, mostram conversas entre o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), e o advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).

Nas mensagens, o prefeito demonstra conhecimento antecipado sobre detalhes da operação e sua relação de longa data com o ministro Noronha, incluindo encontros que remontam à Operação Maet, de 2010, que já havia investigado juízes do Tocantins.

Thiago de Carvalho está preso desde abril, e sua defesa aguarda julgamento do habeas corpus. A investigação envolve suspeitas de venda de sentenças e pagamento de altos salários a magistrados, com ramificações que incluem desembargadores e advogados. A Polícia Federal realizou buscas e conduções coercitivas em Palmas e investiga ainda possíveis vazamentos de dados sigilosos.

A Operação Maet, que motivou parte das conversas, levou juízes à prisão e ainda tramita no STJ. Segundo o jornal Estadão, a troca de comando na investigação pelo STF visa garantir maior transparência e apurar supostos atos de corrupção e vazamentos nos tribunais estaduais, incluindo Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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