União e PP formam federação do Congresso; comando no Tocantins segue indefinido
Com presença em todos os estados, superfederação nasce como a maior força política do Congresso
Por: Manchete do Tocantins
29/04/2025 • 18h30 • Atualizado
O União Brasil e o PP oficializaram nesta terça-feira (29) a criação de uma federação, formando o maior bloco político do Congresso, com a maior bancada da Câmara, seis governadores e mais de 1,3 mil prefeitos.
Apesar do peso político, nove estados - incluindo o Tocantins - seguem com a presidência indefinida, o que será decidido diretamente pelas cúpulas nacionais das duas siglas. A federação será batizada de União Progressista (UP), mas ainda não definiu quem será o candidato do grupo à Presidência da República em 2026.
Já houve acordo para o comando de 18 estados. O União Brasil ficará à frente em unidades como Goiás, Amazonas e Bahia, enquanto o PP controlará estados como Alagoas, Piauí e Santa Catarina. A definição seguiu critérios como presença de governadores e tamanho das bancadas federais. No Senado, a nova federação empata com o PSD e o PL como maior bancada.

Foto: Renato Araújo | Câmara dos Deputados
Mesmo com os comandos já definidos, há divergências internas, como no Amazonas, Bahia e Pernambuco. Deputados insatisfeitos ameaçam deixar a federação na próxima janela partidária, prevista para 2026. Ainda assim, a expectativa das direções é que o grupo cresça, podendo chegar a 150 deputados e 20 senadores.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), apontado como pré-candidato à presidência, defendeu o afastamento do grupo em relação ao governo Lula (PT). “A nossa decisão mudou o cenário político nacional. Já demos um passo importante. Em curto espaço de tempo, o UP vai se desligar definitivamente do governo Lula”, afirmou à CNN. “Saímos à frente e com o tempo necessário para consolidar a campanha à Presidência".
Atualmente, União Brasil e PP ainda mantêm cargos importantes no governo federal, como os ministérios do Turismo, Integração Nacional, Comunicações e Esportes, além do comando da Caixa Econômica Federal. Segundo lideranças partidárias, uma reunião até o fim do ano deve definir se a federação manterá esses espaços ou adotará uma posição de oposição formal ao Palácio do Planalto.