Prefeito de Axixá critica ‘serviço mal feito’ do Dnit e exige respeito
Axixá passou a receber fluxo intenso de veículos após queda na ponte JK
Por: Manchete do Tocantins
06/08/2025 • 08h30 • Atualizado
O prefeito de Axixá do Tocantins, Auri-Wulange (União Brasil), publicou uma série de vídeos nas redes sociais tecendo críticas ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e chegou a chamar o superintendente do órgão no Tocantins, Luiz Antônio Ehret Garcia, de "moleque".

Foto: Reprodução | Instagram
Após a queda da ponte Juscelino Kubitschek (JK), que ligava os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), a rodovia que passa por Axixá do Tocantins se tornou rota alternativa, passando a receber um fluxo intenso de veículos. Segundo o prefeito, parte da obra está sendo executada normalmente, enquanto outra não passa de um “tapa-buraco”.
“Não vamos aceitar esse desrespeito com a população de Axixá. O município mais impactado pela queda da ponte JK não pode ser tratado com desprezo. Um serviço foi bem feito, o outro é um verdadeiro descaso. Dois municípios dentro de um só. Queremos saber o que está acontecendo”, afirmou Auri-Wulange.
O prefeito demonstrou insatisfação com a gestão do superintendente do Dnit e afirmou: “O Dnit é um órgão muito respeitado em todo Brasil, no entanto aqui no Tocantins colocam um moleque insensível. Um cara que faz piada com o sofrimento dos outros”.
Em resposta o Dnit publicou nota em que explicou que os serviços realizados na rodovia fazem parte de dois contratos distintos e informou que equipes técnicas do Dnit já foram mobilizadas para realizar estudos de viabilidade e definir as soluções de engenharia mais adequadas para a recuperação do segmento urbano.
Veja a nota na íntegra:
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) esclarece que o contrato nº 412/2025, relacionado à Travessia Urbana de Axixá, na TO-020, localizada entre o entroncamento com a TO-134 e a saída para Augustinópolis, firmado após processo licitatório, prevê a execução de serviços de conservação rotineira, preventiva e corretiva em 392,9 quilômetros da rodovia, com investimento total de R$ 41,5 milhões.
Em contraste, o contrato emergencial 163/2025, que prioriza uma rota alternativa devido ao colapso da Ponte JK, prevê intervenções técnicas mais robustas, incluindo reforço e possível reconstrução do pavimento. Esse contrato tem um valor de R$ 80,1 milhões para uma extensão de 82,2 quilômetros.
O DNIT informa que equipes técnicas já foram mobilizadas para realizar estudos de viabilidade e definir as soluções de engenharia mais adequadas para a recuperação do segmento urbano em questão. A autarquia informa que esses estudos levarão em consideração o atual grau de degradação do pavimento e os recursos disponíveis. A expectativa é de que, no prazo de até 10 dias, a solução técnica esteja completamente definida, possibilitando o início das obras de recuperação.