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Laudo aponta falhas e reforma mal feita em ponte que caiu no Rio Tocantins

A ponte Juscelino Kubitschek ligava os estados do Maranhão e do Tocantins

Por: Manchete do Tocantins

28/07/202511h30Atualizado

O laudo final emitido pela Polícia Federal sobre a queda da ponte Juscelino Kubitschek aponta que o excesso de peso dos veículos provocou a deformação do vão central, levando ao desabamento da estrutura. O relatório foi obtido com exclusividade pelo programa Fantástico, da TV Globo.

Foto: Divulgação | PMTO

Foto: Divulgação | PMTO


A ponte que ligava os municípios de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, desmoronou no dia 22 de dezembro de 2024 causando a queda de 18 pessoas no rio Tocantins, das quais apenas uma foi encontrada com vida. 

Segundo o documento, a ponte não recebia manutenção adequada e reformas anteriores podem ter alterado a sua estrutura. A última grande reforma ocorreu entre 1998 e 200, na ocasião a camada original de concreto foi substituída por uma nova camada de asfalto.

O Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes (DNIT), publicou em 2020 um relatório técnico que apontou problemas na estrutura, como vibrações excessivas e um rebaixamento de 70 centímetros no vão central. Na época, as condições da ponte foram descritas como “sofríveis e precárias” e o documento recomendava reformas.  Em 2024, foi realizada tentativa de licitação para dar início a reestruturação da passagem, no entanto não houve um vencedor e a tragédia aconteceu antes que uma nova licitação pudesse ocorrer. 

A Polícia Federal ainda deve ouvir os responsáveis pelo planejamento da recuperação da ponte. Para o delegado Allan Reis de Almeida a tragédia na ponte poderia ter sido evitada. “Houve uma omissão por parte de agentes públicos quanto à manutenção da obra. Então, não posso falar que esse desastre foi um caso fortuito ou uma força maior. Ele foi anunciado e era plausível que ele poderia acontecer”, afirmou.

Em fevereiro o que restou da estrutura foi implodido, no local será construída uma nova ponte que terá 630 metros de extensão, 100 a mais que a anterior. A obra, fechada em um contrato emergencial de R$ 171 milhões, deve ser concluída ainda em 2025. Enquanto isso, a travessia entre as municipalidades é feita por meio de balsas.

Ao Fantástico, o DNIT informou que a comissão técnica encaminhou o relatório à corregedoria do órgão. Já o Ministério dos Transportes afirmou que o superintendente regional do DNIT no Tocantins, Renan Bezerra de Melo Pereira, foi exonerado em abril. Em resposta, Renan destacou que ocupou o cargo por apenas um ano e cinco meses, disse aguardar a conclusão das perícias e reforçou que não tem responsabilidade sobre a tragédia.

O Manchete do Tocantins tentou contato com o DNIT para maiores informações sobre a atual situação da ponte, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.

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