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Polícia Civil conclui investigação de furto e venda de gado em Araguacema

Gado era abatido e revendido na cidade por meio de negociações feitas via aplicativo de mensagem

Por: Maria Rita Silva Sena

12/09/202511h20Atualizado

A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 53ª Delegacia de Polícia de Araguacema, concluiu nesta quinta-feira (11) as investigações sobre o furto de gado ocorrido em uma fazenda localizada na zona rural do município, entre 2024 e 2025.

Foto: Fazenda Nova Jurema | Divulgação

Foto: Fazenda Nova Jurema | Divulgação


Como resultado do inquérito policial, três pessoas foram indiciadas por furto de semoventes, recepção de semoventes e associação criminosa, enquanto outras 29 pessoas envolvidas no esquema foram autuadas por recepção culposa.

De acordo com o delegado Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho, as apurações comprovaram que pelo menos nove cabeças de gado da raça Nelore foram furtadas e abatidas na própria fazenda, sendo a carne posteriormente vendida na cidade de Araguacema.

O autor principal do crime é um homem do inicial ESS, de 32 anos, que trabalhou como vaqueiro na propriedade. Ele contou com o apoio de um casal, uma mulher de inicial KMFN e um homem de inicial ERC, que intermediavam as vendas, organizavam grupos de WhatsApp e realizavam as entregas aos compradores.

O inquérito concluiu pelo indiciamento da ESS pelo crime de abigeato e associação criminosa. Já a mulher e a ERC foram indiciadas por receptação de semoventes e associação criminosa, diante da atuação ativa na venda clandestina da carne.

Ainda foi possível identificar a participação de 29 pessoas que adquiriram a carne oriunda dos animais furtados. Elas foram autuadas por recepção culposa, uma vez que as situações da negociação (preço abaixo do praticado no mercado, entregas noturnas e cortes de carne de primeira), deveriam ter levantado suspeitas quanto à procedência.

O delegado Antônio Onofre ressaltou que “a investigação revelou uma atuação organizada, que funcionava com divisão de tarefas e movimentações financeiras compatíveis com o comércio clandestino de carne, restando demonstrada de forma clara a autoria e a materialidade dos crimes”.

O relatório final foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para as providências legais cabíveis.

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