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Novas diretrizes da SBC tornam metas de colesterol mais rigorosas

Limites para LDL e colesterol não-HDL foram atualizados

Por: Maria Rita Silva Sena

25/09/202512h40

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) atualizou recentemente suas diretrizes sobre dislipidemias, condições caracterizadas pelo aumento do colesterol e/ou triglicerídeos no sangue. As novas recomendações estabeleceram parâmetros mais rigorosos para o controle do colesterol, além de introduzirem uma classificação de risco renovada. O objetivo é prevenir doenças crônicas que comprometem o fluxo sanguíneo e estão entre as principais causas de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Foto: Reprodução | Freepik

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O limite considerado ideal para a lipoproteína de baixa densidade (LDL), conhecida como “colesterol ruim”, caiu de 130 mg/dL, definido em 2017, para 115 mg/dL em pessoas de baixo risco cardiovascular. Para os demais níveis de risco, os valores permanecem inalterados: risco intermediário deve manter LDL abaixo de 100 mg/dL; risco alto, inferior a 70 mg/dL; e risco muito alto, menor que 50 mg/dL.

O cardiologista Bruno Valdigem comentou sobre as mudanças, explicando que "essa nova diretriz, coordenada pela Fabiana Rached e um time de cardiologistas com foco em prevenção cardiovascular, cria um fluxograma para tratamento de intolerância a estatinas (drogas essenciais para reduzir colesterol ruim e reduzir risco de doenças cardiovasculares, que às vezes os pacientes não usam por dor muscular)". Além disso, uma nova categoria de risco, chamada risco extremo, foi criada, com recomendação de LDL inferior a 40 mg/dL, considerando fatores como histórico familiar de doença cardíaca precoce, obesidade, diabetes e esteatose hepática.

A atualização também trouxe limites mais rígidos para o colesterol não-HDL, que corresponde a todo o colesterol presente no sangue, exceto o HDL, o “colesterol bom”. Esse marcador passa a ser uma meta coprimária de tratamento junto ao LDL. Para indivíduos de baixo risco, o valor recomendado agora é de até 145 mg/dL, ante 160 mg/dL na diretriz anterior, enquanto os demais grupos de risco mantêm os parâmetros anteriores. As novas metas detalhadas ficam assim: baixo risco <115 mg/dL, intermediário <100 mg/dL, alto <70 mg/dL, muito alto <50 mg/dL e extremo <40 mg/dL.

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