Diálogos entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), divulgados pela Polícia Federal (PF), revelam tensões familiares após crise causada pela imposição de tarifas ao governo brasileiro e sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nas mensagens Eduardo xinga o pai e o chama de “ingrato”.

Foto: Reprodução | Redes sociais

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"Eu ia deixar de lado a história do Tarcísio, mas graças aos elogios que você fez a mim no Poder360, estou pensando seriamente em dar mais uma porrada nele, para ver se você aprende. VTNC, SEU INGRATO DO CARALHO", escreveu Eduardo no dia 15 de julho.

No mesmo dia, o deputado ironiza, "se o imaturo do seu filho de 40 anos não puder encontrar com os caras aqui, porque você me joga para baixo, quem vai se fuder é você e vai decretar o resto da minha vida nesta porra aqui". Ao final das mensagens Eduardo pede "Tenha responsabilidade!".

Jair Bolsonaro respondeu às ofensas do filho com dois áudios que não foram recuperados pela PF. Eduardo responde com um áudio, também não recuperado e escreve: "Quero que você olhe para mim e enxergue o Temer. Você falaria isso do Temer".

Em resposta, o ex-presidente afirma que iria resolver a situação em outra entrevista, ao que Eduardo retruca "me deixa de lado".

Em nota publicada nas suas redes sociais, o deputado federal nega que sua atuação nos Estados Unidos teve como objetivo interferir em qualquer processo em curso no Brasil e que apenas visava "restabelecer as liberdades individuais no país". Eduardo Bolsonaro considerou o indiciamento pela Polícia Federal de "absolutamente delirante", destacando que vive atualmente nos Estados Unidos de maneira que é protegido pela legislação do país.

"É lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados. O objetivo é evidente: não se trata de justiça, mas de provocar desgaste político. Se meu crime for lutar contra a ditadura brasileira, declaro-me culpado de antemão", escreve o deputado.