Ação penal contra Jair Renan Bolsonaro começa em 17 de novembro
Filho do ex-presidente é acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica
Por: Maria Rita Silva Sena
26/09/2025 • 11h20 • Atualizado
A Justiça do Distrito Federal definiu para 17 de novembro o início da ação penal contra Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele responde por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. O processo ocorre após denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e indiciamento pela Polícia Civil do DF, tornando-o réu. Durante o julgamento, testemunhas serão ouvidas e diligências poderão ser solicitadas, incluindo a oitiva já marcada de Diego Pupe, ex-assessor de Jair Renan, além de delegados e gerente de banco.

Foto: Joédson Alves | Agência Brasil
Jair Renan é investigado por supostamente utilizar dados falsos de sua empresa de eventos para obter um empréstimo bancário não quitado. A Polícia Civil concluiu que ele e seu grupo criaram uma “pessoa fictícia”, com documentação adulterada, para conseguir empréstimos em instituições financeiras privadas.
Segundo a apuração, Maciel Alves, sócio e instrutor de tiro de Jair Renan, junto a um auxiliar, criaram Antonio Amancio Alves Mandarrari, identidade inválida usada para abrir conta bancária. Ele figurava como proprietário de empresas na condição de “laranja”, ocultando os verdadeiros donos.
A Delegacia de Repressão a Crimes de Ordem Tributária (DOT), do Departamento de Combate à Corrupção (Decor), aponta que o esquema configuraria uma associação criminosa. A estratégia do grupo era obter vantagem econômica ilícita, usando terceiros para mascarar os verdadeiros proprietários de empresas de fachada ou “fantasmas” utilizadas por Maciel Alves e Jair Renan.