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PF indicia Bolsonaro, Carlos e Ramagem no inquérito da 'Abin paralela'

Ao todo, mais de 30 pessoas foram indiciadas

Por: Rayssa Motta, Fausto Macedo e Juliano Galisi/Estadão Conteúdo

17/06/202511h40

A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre o aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para a espionagem de opositores durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O caso é conhecido como "Abin paralela".

O ex-presidente, o ex-diretor-geral da Agência Alexandre Ramagem (hoje, deputado federal do PL-RJ), e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL) estão entre os indiciados na investigação. Ao todo, mais de 30 pessoas foram indiciadas.

A investigação também respingou na atual gestão. Constam na lista de indiciados o atual diretor-geral da Abin, o delegado federal Luiz Fernando Corrêa, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o número dois da agência Alessandro Moretti. Nome de confiança do PT, Corrêa já havia chefiado a Polícia Federal no segundo mandato de Lula, entre 2007 e 2001.

Bolsonaro | Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil

Bolsonaro | Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil


A PF aponta que houve "conluio" entre a atual gestão da Abin e a direção anterior para evitar que monitoramentos ilegais viessem a público. Segundo o inquérito, a Abin foi aparelhada por um esquema de espionagem ilegal para atender a interesses políticos e pessoais de Bolsonaro e integrantes de sua família.

Em outubro de 2023, foi deflagrada pela PF a Operação Última Milha. O nome da operação faz referência ao software "espião" FirstMile. Segundo a investigação, o programa foi utilizado 60 mil vezes pela Abin entre 2019 e 2023, com um pico de acessos em 2020, ano de eleições municipais.

Em janeiro de 2024, os endereços de Alexandre Ramagem foram alvos de busca e apreensão na Operação Vigilância Aproximada.

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