A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (6) que respeita a decisão da bancada do PDT de deixar a base do governo Lula, mas segue contando com o apoio do partido em votações prioritárias. A decisão foi motivada pela saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência após o escândalo de fraudes no INSS.

Para o lugar dele, Lula nomeou Wolney Queiroz, também do PDT, mas a escolha não foi bem recebida por parte da bancada, que decidiu pela independência.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil

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O caso do INSS envolve descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas feitos por entidades sem autorização. A fraude teria começado em 2019 e passou a ser investigada pela CGU e pela Polícia Federal a partir de 2023 e 2024, respectivamente. O governo estima que mais de 4 milhões de pessoas foram prejudicadas, com um prejuízo que pode chegar a R$ 6 bilhões. A AGU informou que os lesados serão ressarcidos, mas o plano completo ainda está em elaboração.

A saída do PDT ocorre num momento delicado para o governo, que tenta reorganizar sua base na Câmara, atualmente com cerca de 130 deputados fiéis. Para aprovar projetos importantes, como leis complementares e PECs, Lula precisa ampliar esse número. O Palácio do Planalto vem buscando apoio de partidos do Centrão, como PP, PSD, Republicanos e União Brasil. O PDT conta atualmente com 17 deputados federais.