'É muita hipocrisia', diz Carol Castro sobre coroação de Virginia na Grande Rio
Atriz classificou escolha da influenciadora como "contraditória"
Por: Mavi Oliveira
23/09/2025 • 16h00
Carol Castro criticou a escolha de Virgínia Fonseca para ser a nova rainha de bateria da Grande Rio para o Carnaval 2026. A atriz classificou a coroação da influenciadora como “hipócrita”, já que a escola de samba irá homenagear o movimento Manguebeat e as desigualdades sociais.

Foto: Reprodução | Redes sociais
Em entrevista a revista Istoé, a atriz, que esteve à frente dos ritmistas do Salgueiro entre 2005 e 2006, recordou as polêmicas da apresentadora sobre divulgação de jogos de azar. “O que me deixou incrédula foi o fato de, na mesma semana em que a pessoa estava numa CPI falando de bets, de jogos onde você enriquece às custas da perda do outro, lucra em cima da desgraça alheia, que está destruindo famílias, tirando vidas das pessoas, que não é cigarro, não é bebida, fazem umas comparações que… não é sobre isso. [Ela aparece] dizendo que joga, que está legal, quando não é, é calunioso e é mentira”, disse.
“E vai de uma maneira para passar uma imagem, tudo pensado. Eu fiquei completamente assim: ‘Gente, que Brasil é esse? Que país é esse que a pessoa está tirando selfie, tirando sarro, rindo, dizendo que ‘não’ e falando tudo o que o advogado falou que tem que falar. Três dias depois, vai ser rainha de bateria de um samba-enredo… se fosse outro, eu nem estaria comentando, mas falando de um samba-enredo que fala justamente [sobre desigualdade] é uma hipocrisia muito louca. Claro, existe muita hipocrisia no nosso país. Mas assim, eu fiquei… é mais ou menos o que aconteceu na madrugada da PEC da Impunidade e Bandidagem”, continuou.
Carol ressaltou a crítica não é motivada por querer ocupar o mesmo posto de Virginia na escola. “‘Ah, porque foi rainha de bateria e quer voltar a ser. Ah, ela quer ser rainha de bateria da Grande Rio’. Não, gente. Nem tenho joelho para isso agora. Adoro Carnaval, sambar, etc. Mas saí, inclusive, pensando na época: ‘Deveria ser alguém da comunidade”, concluiu.