Após saída de Lupi, PDT rompe com base de Lula na Câmara
Partido afirma que decisão foi unânime e adota postura de “apoio crítico”
Por: Manchete do Tocantins
06/05/2025 • 16h00 • Atualizado
O PDT anunciou nesta terça-feira (6) que não faz mais parte da base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara dos Deputados. A decisão foi tomada após a demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, sem que houvesse acordo prévio com a bancada para a nomeação do substituto, Wolney Queiroz, também filiado ao partido. Segundo dirigentes da legenda, a partir de agora o PDT seguirá com “independência e apoio crítico” ao governo.

Foto: Marina Ramos | Câmara dos Deputados
A saída ocorre em meio à insatisfação da sigla com a condução das trocas ministeriais pelo Planalto, comparada por pedetistas à recente crise no União Brasil. O descontentamento do PDT se agravou após a operação da Polícia Federal que revelou fraudes no INSS, quando o partido ameaçou deixar a base caso Lupi fosse retirado do cargo. A decisão de rompimento foi tomada em reunião da bancada e, segundo interlocutores, de forma unânime.
Apesar de Wolney ser ligado a Lupi e ter exercido o cargo de secretário-executivo na Previdência, deputados afirmam que sua nomeação não foi discutida com a legenda. A bancada já vinha cobrando maior representatividade na Esplanada dos Ministérios e espaços com “capilaridade eleitoral” visando as eleições de 2026. Atualmente, o PDT é presidido por André Figueiredo (CE), enquanto Lupi mantém papel de liderança na sigla