O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) registrou crescimento no número de animais resgatados no estado em 2024. De acordo com o órgão, foram 495 atendimentos ao longo do ano, impulsionados principalmente por operações realizadas na região do Bico do Papagaio.

O gerente de Fiscalização Ambiental do Naturatins, Cândido José dos Santos Neto, explica que essas ações são fundamentais para coibir a prática de manter animais silvestres em cativeiro. "É bastante normal ver nas áreas das casas gaiolas com animais presos", afirmou.

Foto: Naturatins | Governo do Tocantins

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No Brasil, mais de 25,2 mil animais foram resgatados e encaminhados aos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em 2024. Dados do Sistema de Informações dos Cetas (SisCetas), gerido pela Diretoria de Biodiversidade e Florestas (DBFlo) do Instituto, mostram que um em cada quatro resgates ocorreu entre setembro e outubro, período marcado por altas temperaturas e estiagem. Só nesses dois meses, foram 2.659 animais resgatados em setembro e 3.483 em outubro.

Segundo Cândido, os fatores que mais expõem a fauna a riscos são as queimadas, o desmatamento e o tráfico de animais. Ele ressalta que todos os exemplares resgatados, seja por entrega voluntária, denúncias ou operações, passam por triagem no centro de fauna do Naturatins. "Aqueles que necessitam de cuidados receberão os cuidados necessários até serem reabilitados para serem devolvidos para natureza", explicou.

No ranking nacional, Brasília (DF) liderou os registros, com 1.071 animais encaminhados ao Cetas, seguida por Seropédica (RJ), com 915, e Goiânia (GO), com 776.

Cândido reforça ainda a importância da participação popular. De acordo com ele, qualquer pessoa que encontrar um animal em situação de risco deve acionar a Guarda Ambiental de Palmas, a Polícia Militar Ambiental ou o próprio Naturatins.