A Polícia Federal realizou nova operação nesta sexta-feira (13) contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), investigando um suposto plano de fuga do país. A ação apura a tentativa de obter um passaporte português para o militar, em maio de 2025, com apoio do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que foi preso. A emissão teria sido articulada no Consulado de Portugal em Recife, levantando suspeitas de tentativa de obstrução das investigações sobre a trama golpista.

Foto: Lula Marques | Agência Brasil

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Mauro Cid teve celulares apreendidos e deve prestar depoimento à PF ainda nesta sexta. A informação de que ele também seria preso chegou a circular, mas a ordem teria sido revogada pelo Supremo Tribunal Federal antes do cumprimento. A defesa do militar ainda não se pronunciou. Machado, ao ser conduzido, afirmou que o pedido de passaporte foi feito para seu pai, e não para Cid. Disse também nunca ter comparecido a nenhum consulado, no Brasil ou no exterior.

Cid é réu desde 2025 por participação na tentativa de impedir a posse de Lula (PT) e é apontado pela Procuradoria-Geral da República como peça central da organização criminosa. Ele já respondeu por outros crimes, como falsificação de cartões de vacinação e venda ilegal de joias do acervo presidencial, e atualmente é colaborador da Justiça.