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Lula visita região do Tocantins onde sacerdote foi morto por defender posseiros

Região é palco de conflitos agrários desde a década de 1970

Por: Mavi Oliveira

27/06/202507h29Atualizado

O presidente da República Luiz Inacio Lula da Silva (PT) fará visita em Araguatins, na região do Bico do Papagaio na sexta-feira (26), para uma agenda de entregas de títulos de regularização urbana e rural, e assinaturas. A região é palco de conflitos agrários e é situada no extremo-norte do estado.

Foto: Adilvan Nogueira | Governo do Tocantins

Foto: Adilvan Nogueira | Governo do Tocantins


O Manchete do Tocantins separou alguns fatos sobre a região:

O município

A região do Bico do Papagaio é situada no extremo-norte do estado e é a área de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica. Tocantinópolis tem uma história que envolve missionários religiosos e já alcançou no século XIX sucesso econômico, quando integrava a rota que ligava Goiás e o Norte do País. O babaçu foi um dos primeiros produtos explorados na região.

A cidade mais populosa, Araguatins é notória pelas praias do Rio Araguaia, que lotam durante toda a temporada de verão. Local de encontro dos rios Araguaia e Tocantins, a cidade de Esperantina tem praias de areia branca e uma vegetação preservada.

Conflitos agrários

O Bico do Papagaio é palco de intensos conflitos agrários desde a década de 1970. Os envolvidos são posseiros, grileiros e grandes latifundiários. Situada no extremo norte do estado do Tocantins, a região é cenário também de muitas lutas e conquistas de direitos sociais. De acordo com dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a localidade abriga mais de 150 assentamentos, que juntos ocupam cerca de 1,5 milhão de hectares. 

Sacerdote Josimo

Coordenador da Comissão Pastoral da Terra, o padre Josimo Morais Tavares foi assassinado aos 33 anos em 10 de maio de 1986. Dois tiros à queima-roupa o atingiram quando subia as escadas do escritório da entidade, em Imperatriz (MA). Fazendeiros do Bico do Papagaio encomendaram o crime. Ele foi assassinado por sua atuação firme em defesa dos posseiros e trabalhadores rurais sem terra no Bico do Papagaio. Ele denunciava grilagem, ameaças e violências praticadas por grandes fazendeiros contra famílias camponesas.

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