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Amamentação é tema de campanha que será lançada nesta terça no Tocantins

Em entrevista ao Manchete do Tocantins, pediatra Niedja Santana defende amamentação prolongada e critica falta de apoio social às lactantes

Por: Beatriz Pontes

04/08/202515h42Atualizado

A campanha Agosto Dourado será lançada oficialmente nesta terça-feira (5), às 9h, no Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos, em Palmas. A iniciativa, que simboliza o incentivo à amamentação, traz em 2025 o tema “Priorize a Amamentação: Crie Sistemas de Apoio Sustentáveis”, reforçando a necessidade de apoio efetivo para que mães consigam amamentar com segurança e dignidade.

Em entrevista ao Manchete do Tocantins, a pediatra Niedja Santana destacou os principais benefícios do aleitamento materno e a importância de que esse cuidado seja compreendido como uma responsabilidade compartilhada pela sociedade. “O aleitamento materno deve ser complementado a partir do sexto mês de vida e preferencialmente deve seguir pelo menos nos dois primeiros anos. Mas a amamentação pode ocorrer pelo período que a mãe e o bebê aceitarem. Quanto mais tempo melhor”, afirma.

Foto: José Cruz | Agência Brasil

Foto: José Cruz | Agência Brasil


A médica reforça que o leite materno vai além da nutrição. “É como uma vacina. Ele passa defesas para o bebê que são específicas para aquela mãe, de acordo com a região que ela vive e das infecções que mais incidem ali.”

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o leite materno é suficiente para suprir todas as necessidades nutricionais e de hidratação do bebê até os seis meses de vida. Crianças que são amamentadas exclusivamente nesse período têm menor risco de mortalidade por doenças infecciosas, menos chances de desenvolver alergias, diabetes tipo 1 e certos tipos de câncer.

Além de proteger o bebê, a amamentação traz benefícios importantes para as mães. Niedja aponta que o ato de amamentar reduz os riscos de câncer de mama e ovário, contribui para a perda de peso após o parto e fortalece o vínculo afetivo com a criança.

No entanto, ela critica o preconceito que ainda persiste contra mulheres que amamentam em público. “As pessoas têm muito preconceito. Elas acham que para aquela mãe amamentar ela não pode estar em locais públicos. Isso é consequência de uma sociedade que vê as mulheres como objetos sexuais, inclusive enquanto amamentam”, afirma. E completa: “O seio materno não é um órgão sexual.”

A campanha Agosto Dourado segue ao longo do mês com ações educativas e mobilizações em várias regiões do estado, promovidas por unidades de saúde, profissionais da área e instituições que atuam na proteção da infância.

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