Robinho, condenado a nove anos de prisão por estupro, pediu transferência da Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo. Segundo documentos obtidos pelo jornal O Globo, o ex-jogador de futebol estaria incomodado com fofocas que circulam entre os presos. A defesa também apresentou sugestões de locais para os quais ele gostaria de ser transferido.

Foto: Rafael Ribeiro | CBF

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O ex-jogador está preso há cerca de um ano e meio na unidade Dr. José Augusto César Salgado, que integra o complexo prisional de Tremembé, conhecido por abrigar presidiários de crimes com grande repercussão nacional. Segundo o jornalista Ullisses Campbell, o pedido de transferência foi protocolado pelo advogado de Robinho, Mário Rossi Vale, após ele ter sido chamado pela Justiça para prestar esclarecimentos sobre supostas "regalias" dentro da prisão. 

Fontes, entre agentes e funcionários da unidade, afirmam que Robinho teria alguns privilégios, como a visita frequente de seu pastor particular. O ex-jogador seria muito respeitado pelos demais detentos.

Ele atua como técnico e jogador do time de futebol "Tremembé Futebol Clube". O grupo teria recebido chuteiras e outros produtos esportivos de Robinho. Campbell também relata que o ex-atleta chegou a pagar advogados para cuidar de processos de outros presos. 

Robinho teria confidenciado a funcionários que deseja deixar a unidade por causa do excesso de atenção, das fofocas e da convivência com outros presidiários conhecidos, como Alexandre Nardoni e Suzane von Richthofen.

Apesar da tentativa, o requerimento do ex-atleta foi negado. A decisão da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, corregedora dos presídios da região de São José dos Campos diz que a transferência de presos é uma medida administrativa. que deve ser solicitada à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). 

A magistrada observou que o Judiciário só pode intervir após o fim dos trâmites administrativos. Contudo, ela afirmou que não se oporia à transferência de Robinho caso os requisitos legais sejam cumpridos e exista vaga disponível em outro complexo prisional.